Neste regresso às aulas, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) aconselha os mais pequenos a evitarem o peso excessivo das mochilas.
De acordo com a nota do CHMT, “diferentes estudos indicam que mais de metade das crianças e jovens em idade escolar (seis aos 18 anos) transportam mochilas com peso excessivo. Estando numa fase de crescimento é nesta altura que muitos dos problemas posturais aparecem”.
Usar repetidamente uma mochila demasiado pesada numa idade precoce pode contribuir para:
• a curto prazo: dores de costas e de pescoço;
• a médio prazo: alteração da marcha e postura;
• a longo prazo: lesões degenerativas da coluna que alteram o crescimento do corpo.
Os pais e encarregados de educação desempenham um papel primordial na questão da redução do peso das mochilas. Assim, os especialistas deixam as seguintes recomendações:
• optar por mochilas de rodinhas;
• usar a mochila carregada à altura do dorso (parte média das costas);
• usar a mochila nas costas o mínimo de tempo possível;
• escolher materiais mais leves;
• distribuir adequadamente o material escolar dentro da mochila, colocando o conteúdo mais pesado junto às costas;
• colocar apenas o material necessário para o dia em causa;
• não levar para casa manuais que não são necessários, deixando-os, por exemplo, em cacifos nas escolas;
• usar dossiês em substituição de cadernos, para poder escrever em folhas que vão sendo arquivadas;
• não usar a mochila apenas num ombro, deve sim usar-se as duas alças.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as crianças e jovens em idade escolar carreguem mochilas apenas com menos de 10% do peso do seu corpo. Ou seja, se uma criança pesar 30 quilos, a sua mochila não deve ultrapassar os 3 quilos.