O Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, esteve ontem, 30 de novembro, no Edifício Pirâmide onde presidiu à sessão de apresentação das medidas de antecipação para a Transição Energética, que visam compensar os trabalhadores e o território do Médio Tejo, pelo encerramento da Central a Carvão do Pego.
O Primeiro-Ministro, sublinhou que “para esta transição ser bem-sucedida precisa de ser também justa e inclusiva, não deixando ninguém para trás”. António Costa referiu o trabalho desenvolvido com a empresa, os sindicatos, a Câmara Municipal de Abrantes que “visou criar uma resposta que assegurasse simultaneamente que Portugal passe a ser um país de carvão zero na produção de eletricidade, mas também que assegure justiça”. Para os trabalhadores, “já está em funcionamento um gabinete do Instituto de Emprego e Formação Profissional para desenvolver programas de reconversão e apoio ao emprego, pois o Estado tem o dever de garantir que não ficam para trás”.
Para os trabalhadores e para a região, foi lançado “o concurso para financiar a diversificação das atividades económicas, procurando atrair novas empresas que aumentem a riqueza do território e criem emprego”, pois “o encerramento desta atividade tem de ser acompanhado da criação de novas atividades económicas”, disse o Primeiro-Ministro. Para manter a segurança energética, havendo “um ponto de injeção de energia elétrica que ficou livre”, “qual será aberto um novo concurso para instalar novas fontes de produção de energia que gerem atividade económica e empregos e ajudem a substituir a energia produzida por carvão por energia de fontes renováveis”.
As medidas para a Transição Justa vão ser financiadas com 224 milhões de euros distribuídos por três áreas: Matosinhos, onde encerrou a refinaria de petróleo da Galp, com 60 milhões de euros; Médio Tejo, pelo encerramento da central termoelétrica do Pego, e Centro Litoral, onde há industria intensiva em carbono, como o vidro e a cerâmica, com 90 milhões; e Sines, onde encerrou a central termoelétrica a carvão e onde está instalada indústria de produtos petrolíferos, com 74 milhões, disse a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, referiu que o aviso para apoio a à instalação de novas atividades económicas na região deverá, estima-se, criar 600 a 700 postos de trabalho.
Na sessão participaram também o Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, os Ministros do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e o Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.
De seguida poderá ver a apresentação na íntegra.